A MODALIDADE BOLA 12 TOQUES BUSCA RENOVAÇÃO

A MODALIDADE BOLA 12 TOQUES BUSCA RENOVAÇÃORecentemente um fato preocupou a maioria dos botonistas presentes a um evento em São Paulo. Apesar de ter sido considerado um sucesso, e realizado em um local excelente e de fácil acesso, apenas 5 jogadores disputaram a categoria Sub 20. Na última etapa do Campeonato Estadual Individual do Rio de Janeiro tivemos, pela primeira vez, mais participantes na categoria Máster do que na categoria Adulto, fazendo-se a observação de que os poucos atletas com menos de 20 anos jogam entre os adultos.

A Federação Paulista de Futebol de Mesa (FPFM), segundo seu presidente, usa as Redes Sociais para atrair novos jogadores além tentar manter os que estão em atividade. A federação também fará no dia 12 de outubro – no Sesc Pompéia – uma clínica para as crianças. Na opinião de Alex Locatelli, atleta do Maria Zélia – celeiro de craques e clube que revela muitos jogadores – tem que haver garoto jogando para atrair novos garotos, pois o menino que chega para praticar a modalidade procura outros da mesma idade para jogar. Continuando na Terra da Garoa, informamos que o Círculo Militar reativou sua escolinha. Na opinião do atleta do clube, Francisco Junior, se deveria facilitar as regras para os garotos, pois os meninos gostam de fazer gol.

O Diretor de Projetos da FPFM, Victor Varoli, já apresentou seu projeto: “Uma das pautas de maior atenção da atual gestão da FPFM é a atração de jovens para o esporte, estamos terminando o trabalho de modernização da comunicação com um projeto de marca que atenda os públicos principais da entidade, mas isso não é o suficiente, para uma disseminação direta temos o objetivo de formar uma ONG que perenize esse trabalho.”

No Rio de Janeiro, a entidade que mais promove a renovação da modalidade Bola 12 Toques é o Associação Friburgunse de Futebol de Mesa (AFFM). Fundada há mais de 32 anos pelo advogado Fernando Cruz, pela associação já passaram mais de 1000 crianças e, atualmente, a maiorias dos seus atletas são oriundos da base e os mesmos são destaque no contexto estadual e brasileiro.

Nosso estado tem uma larga tradição de revelar atletas de ponta na modalidade Bola 12 Toques. Desde o primeiro título na atual categoria Sub 15 em 2002, o Rio de Janeiro desponta com presença quase que constante entre os campeões brasileiros nas categorias de base. Na Sub 15 tivemos como campeões brasileiros Rodrigo Pedreira em 2002, Gabriel Adão em 2004, Felipe Albuquerque em 2005 e 2006, e Rhaniery Jardim de 2007 a 2010. Já na categoria Sub 20 tivemos como campeões Lucas Assumpção em 2004, Paulo César em 2005, Thiago Penna em 2006 (que viria a ser campeão brasileiro Adulto em 2008), João Víctor em 2007, Felipe Albuquerque em 2009, Marcos Antunes em 2010, Rhaniery Jardim em 2011 e 2012 e Vinicius Esteves em 2015. Podemos ainda citar que João Pedro Gall, campeão e 2013 e 2014 atuando por equipes de São Paulo, foi formado para o futebol de mesa no Rio de Janeiro.

Dentro do resumo acima citado, podemos dar ênfase ao trabalho do Sr. Marco Aurélio Rivera, que durante sua passagem pelo Sport Club Mackenzie ajudou de maneira decisiva na formação de alguns desses atletas (Thiago Penna, Felipe Albuquerque, Paulo Cesar e Rhaniery Jardim).

Infelizmente, o número atual de jovens filiados à modalidade é preocupante, não somente no Rio de Janeiro. A renovação na Bola 12 Toques, como também nas outras modalidades do futebol de mesa, não é um problema somente das Federações; também deveria ser uma preocupação de cada botonista.

Fonte: Blog Palhetas Populares
Adapatação: José Carlos Cavalheiro | Diretor de Comunicação | FEFUMERJ