COPA DO BRASIL 2025: BANDINI FATURA O BI E IMPEDE O HEXA DE BRAYNER

Não importa o campeonato. Os duelos entre Bandini e Brayner, dois dos principais expoentes do futebol de mesa nacional, viraram sinônimo de decisão ultimamente. Após terem se enfrentado em três finais seguidas do Torneio Rio-São Paulo (2023, 2024 e 2025), eles mediram forças na busca pelo título da Série Ouro na 16ª Copa do Brasil de futebol de mesa – regra dadinho –, em Blumenau (SC), entre os dias 17 e 18 de maio. E, desta vez, o craque do Fluminense levou a melhor: em um jogo tenso, decidido nos detalhes, venceu por 3 a 1, faturou o bi e impediu que o ícone do Flamengo chegasse ao hexa.

Um duelo digno da grandeza e da importância da competição. Realizada pela Confederação Brasileira de Futebol de Mesa (CBFM) e pela Federação Catarinense de Futebol de Mesa (FCFM), a 16ª Copa do Brasil reuniu quase 100 atletas, que representaram 25 clubes de dez estados brasileiros em 36 mesas oficiais dispostas no Norte Shopping. Um momento especial para os amantes do esporte, muito bem representados, na decisão, por Bandini e Brayner, que tinha a vantagem do empate para voltar ao lugar mais alto do pódio e repetir o feito do ano passado, quando bateu Luiz Cola, do Tupi-MG.

“Se o Brayner sai na frente no placar, tendo a vantagem do empate, é muito difícil virar o jogo. Eu sabia que tinha que fazer 1 a 0 de qualquer jeito e consegui. Só que ele empatou em seguida. Eu não podia levar o segundo gol, senão a coisa iria desandar. Felizmente, ele fez uma jogada errada, eu armei o contra-ataque e cheguei ao 2 a 1. Aí me mantive na frente, calmo, e ele começou a errar muito. Ele sentiu o jogo mais do que eu. No segundo tempo, consegui fazer 3 a 1 e administrei a vantagem até o final”, relembra Bandini, em um misto de alívio e alegria.

Após receber o (belo) troféu, Bandini falou sobre sua façanha, com uma campanha quase perfeita – em 22 jogos, venceu 16, empatou três e sofreu apenas três derrotas, com direito a 85 gols marcados e 39 sofridos. “O segredo é você fazer uma boa fase final. Na hora em que começa o ‘mata-mata’, é hora de vir a concentração, de a mão não tremer e do dadinho entrar. E, em Blumenau, ele entrou. Nas fases eliminatórias eu joguei para caramba”, frisou, sem falsa modéstia e enfatizando, também, o alto nível da competição.

“Tirando o fato de o Victor Praça (America) e o Paulinho Quartarone (Fluminense) não terem ido a Blumenau, todas as outras feras estavam presentes. Brayner, Ronald, Luiz Colla,, Wellington, Tarouca, Gil… Tinha uma galera muito boa, então, o nível foi bem legal”, avaliou, embora tenha ficado surpreso com o fato de “apenas” cinco atletas do Rio de Janeiro terem ido ao pódio da Série Ouro. “Achei que o domínio do Rio até foi pouco desta vez. Na grande maioria, temos sete ou até os oito atletas do Rio”, frisou.

As quatro primeiras posições da Série Ouro, no entanto, tiveram a presença de craques de clubes cariocas. Na disputa do terceiro lugar, em outro duelo emocionante, Carlos Belga, do Flamengo, fez valer a vantagem do empate e ficou no 1 a 1 com Alexandre Proença, do São Cristóvão, uma das gratas surpresas da 16ª Copa do Brasil, que levou o clube da Leopoldina a uma posição surpreendente. O pódio da Série Ouro foi completado por Luiz Colla (Tupi-MG), na quinta colocação; Wellington (Flamengo), em sexto lugar; Jefferson Douglas (CEPE 2004-SP), em sétimo; e Sandro Ozório (Zona Sul-RS), na oitava colocação.

A campanha de Bandini:
6 x 0 Julio Morales (Continente-SC)
6 x 1 Flávio Campos (Gama-DF)
5 x 3 Felippe Tonnera (Pedra Branca-SC)
5 x 0 Jorge Calberg (D. Pedro II-PR)
3 x 1 André Amorim (Marcílio Dias-SC)
4 x 4 Tarouca (Vasco-RJ)
5 x 0 Casandré (São Cristóvão-RJ)
0 x 3 Mário Pacheco (Avaí-SC)
4 x 3 Thiago Matoso (River-RJ)
2 x 1 Djalma Xavier (Continente-SC)
5 x 1 Nine (Fluminense-RJ)
1 x 4 Jefferson Douglas (CEPE-SP)
2 x 1 Wellington (Flamengo-RJ)
2 x 2 Ronald Neri (Flamengo-RJ)
4 x 4 Gil (Fluminense-RJ)
3 x 4 Marcelo Mendes (Fluminense-RJ)
6 x 1 Bruno (Fluminense-RJ)
3 x 0 Renato Souza (Eldorado-MG
6 x 2 Mario Pacheco (Avaí-SC)
5 x 0 Luiz Colla (Tupi-MG)
5 x 3 Belga (Flamengo-RJ)
3 x 1 Brayner (Flamengo-RJ)
Total: 22 jogos, com 16 vitórias, três empates e três derrotas. 85 gols pró e 39 gols contra

Série Prata
Se sobraram clubes da Cidade Maravilhosa no pódio da Série Ouro, na Prata a presença foi, digamos, bem mais discreta, apenas com João José, o JJ, do Fluminense, na sexta colocação. A hegemonia, desta vez, foi das equipes catarinenses. O título ficou com Davi Trigueiros, do Dom Pedro II-PR, que, na finalíssima, venceu Djalma Xavier, do Continente-SC, por 3 a 0. Na disputa do terceiro lugar, André Amorim, do Marcílio Dias-SC levou a melhor sobre Ito Santana, do Blumenau-SC, por 5 a 2. Os demais premiados foram Roberto Giolo, do Sobotons-MS, na quinta posição; Jonas Kojala, do Ferroviário-CE, no sétimo lugar; e Clóvis Silveira, do Continente-SC, na oitava colocação.

Série Bronze
Já a Série Bronze teve uma premiação melhor distribuída entre os estados, embora Léo Azeredo, da Lafume, e Tiago Spitz, do Friburguense, tenham feito valer a tradição do Estado do Rio de Janeiro na competição. O atleta esmeraldino ficou com o vice-campeonato, ao ser derrotado por João Paulo, do Eldorado-MG, na final: 3 a 2. Na disputa do terceiro lugar, o botonista do Tricolor da Serra levou a pior diante de Marco Lomba, do Continente-SC, por 4 a 2. Completaram o pódio Mário Burgel (Zona Sul-RS), em quinto lugar, Flávio Campos (Gama-DF), em sexto; Fernando Borges (Litovale-SP), em sétimo; e Luiz Augusto Guto (Marcílio Dias-SC), na oitava colocação.

Série Extra
A derradeira série da 16º Copa do Brasil teve o campeão do Rio de Janeiro e o grito de guerra do Flamengo foi entoado em alto e bom som no alto do pódio, já que o título ficou com o rubro-negro Zé Luiz Spy. No mais, premiações para os sulistas e um pernambucano. O segundo lugar ficou com Daiam Oliveira, da Lefume-RS, e o terceiro, com G. Barbosa, do Poseidon-SC. A classificação ainda teve João Pacheco (Avaí-SC), em quarto lugar; Pedro Brasileiro (Náutico-PE), em quinto; Piti Haquer (Clube Ricetti-PR), em sexto; Ricardo Guedes (Marcílio Dias-SC), em sétimo, e Anderson Padilha (Marcílio Dias-SC), fechando a lista de premiados.
Ano que vem, em Teresina (PI), tem mais.

Texto: Alysson Cardinali | Diretor de Comunicação Dadinho | FEFUMERJ