EXIBIÇÃO DO FILME “CRAQUES DE MADREPÉROLA”

Craques de MadrepérolaO Instituto Moreira Sales, na Gávea, exibiu no último domingo (19/10) o filme “Craques de Madrepérola” (Cracks de Nácar em espanhol), de Edgardo Dielerke e Daniel Casebe, que conta a história de dois argentinos apaixonados pelo futebol de botão.

Essa foi a primeira vez que o esporte foi retratado nas telas do cinema, segundo um dos diretores, Daniel Casebe. O filme mostra o cotidiano de dois jornalistas argentinos, Rômulo Berruti e Alfredo Serra, que são amigos de longa data e apaixonados por futebol de botões e conta como eles inseriram a magia e a essência desse esporte querido pro milhares de brasileiros em suas vidas.

Cada um deles possui o seu time que ganham nomes e transformam o jogo entre Newbery F.C. e C.A. Pampero no maior clássico “hermano”. Eles compram seus próprios botões, arrancam de casacos e às vezes, fazem contratações, na surdina, pegando botões de casacos de conhecidos ou até mesmo achando na rua. Depois lixam e deixam cada um à sua feição.

Goleiros, beques, meias, atacantes e até os pontas, cada botão tem sua posição definida de acordo com sua característica e ganham vida com nomes como do craque “Bordenave”. No final do filme, a dupla argentina recebe em casa dois brasileiros para um confronto sul-americano, mas o filme não mostra quem venceu a disputa.

Segundo os autores “Existem botões que nasceram com o triste destino de abotoar roupas” e no final da exibição do filme, Daniel Casebe conversou com a platéia. O atleta do Vasco da Gama, Igor Monteiro, informou ao diretor sobre as regras oficiais, inclusive com a disputa de cinco campeonatos Sul-americanos. Daniel disse que conhecia mas a intenção do filme era realmente retratar a magia do jogo numa mesa da sala de estar e a origem do mesmo com botões de roupas.

Texto: Igor Monteiro